segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sandices de um coração.

               E tudo seguia na mais perfeita ordem até então. Mas naquele dia aconteceu! Assim... sem mais nem menos, simplesmente aconteceu. O pequeno coração resolveu despertar e virar de pernas para o ar os dias seguintes.
         Ele fora despertado e abandonado pela mesma pessoa. O abandono o empurrou da beira do precipício da loucura. Pobre pequenino... fora tomado pela insanidade. Nada mais fazia sentido. Da infinidade jogado à escuridão e à dor.
            A loucura se sentindo sozinha, chamara a cegueira para companhia, A razão, com pena do pobre coração, resolveu lhe ajudar. Aproximara-se e tentara colocar-lhe para dentro o juízo. Explicara-lhe o motivo da separação, e explicara que assim tudo seria melhor. De outra forma não daria certo.
          A princípio, tudo parecia estar caminhando. A razão estava satisfeita; o coração estava sendo restituído de seu juízo. Ele estava ficando forte outra vez, a fragilidade o estava abandonando. Tudo estava chegando em seu perfeito lugar. Mas só parecia...
              O coração, certo dia, avista a causa de tamanha loucura. A princípio ele consegue resistir, mas ele é pequeno, e ainda está fragilizado. Com doçura e carinho eis que se aproxima quem havia ido embora. Mas aproxima-se por preocupação, não sabe o que tem o pequeno coração, não sabe o que aconteceu, só consegue perceber que o coração não está normal. Não está bem como ele havia visto da última vez.
             Estando de volta em contato com o pequeno coração, ele tenta descobrir o que está acontecendo. Leva palavras doces e de acalento, mas o coração não consegue se abrir, não consegue dizer que a causa de tudo isso fora o abandono. Diante de tanta atenção, começa o coração, mais uma vez, a se entregar a loucura.
             A razão volta a tentar ajudar o pequeno, mas este recusa a ajuda. O que a razão enxergava como uma simples preocupação, e nada mais que isso, o coração via como uma chance de ser aceito de volta. A razão via o sofrimento do pequeno coração, e por várias e várias vezes tentou mostrar seu ponto de vista, mas o pequeno recusava-se a aceitar essa verdade.
           A batalha então fora travada: coração x razão! E ninguém se rendia... Mas então, juntaram-se ao coração nessa batalha a loucura e a cegueira. Pronto! A razão não tinha mais chances de vencer, e tendo consciência disso retirou-se da batalha, tendo a certeza que o único que podia vencer o coração, seria o tempo, porque o coração finalmente se cansaria e voltaria a adormecer calmo e livre da loucura e da cegueira.




sexta-feira, 22 de abril de 2011

Grandes mestres...

      Existem pessoas com as quais nós nos identificamos, e que em pouco tempo conseguem nos cativar e fazer parte de nossas vidas.
       Essas pessoas acabam por se tornar nossos espelhos. É visando o que elas conquistaram que passamos a traçar nossos objetivos, é vendo o que já foi conquistado e acompanhando cada nova vitória que encontramos força para corrermos atrás dos nossos sonhos.
      E quando ouvimos dos nossos espelhos que estamos seguindo pelo caminho certo, a alegria que nos toma é gigantesca. A motivação para seguirmos em frente fica ainda maior.
       Muitas vezes o reconhecimento e o apoio dados por nossos inspiradores acabam sendo maiores do que aqueles recebidos em casa, porque eles estão ao nosso lado para nos dar conselhos e seguir ao nosso lado enquanto caminhamos, enquanto nossos pais querem decidir por nós que caminhos devem ser trilhados, dessa forma o carinho e gratidão que sentimos por nossos guias são sempre multiplicados e intenso.
       Esses espelhos jamais são esquecidos, porque são as bases de nossas conquistas. E quando estamos no alto, e olhamos para o começo, são eles que estão lá, nos sustentando, porque toda obra só se torna firme e vistosa se possuir uma forte e segura fundação. Nada que façamos será o suficiente para agradecer os nossos espelhos. Estaremos sempre em dívida.